Salvini volta a dizer que espera extradição de Battisti
O vice-premier da Itália e ministro do Interior, Matteo Salvini, voltou hoje (1) a dizer que espera que o novo governo de Jair Bolsonaro extradite Cesare Battisti. "Boas notícias vindas do Brasil, onde esperamos que o novo presidente possa devolver à terra natal o terrorista Battisti que, enquanto isso, passeia, toma mojito, toma sol na praia. Um terrorista condenado à prisão perpétua que passeia, lança livros. Como isso é possível?", criticou Salvini, em uma transmissão via redes sociais.
Desde o último domingo (28), quando Bolsonaro venceu o segundo turno das eleições presidenciais no Brasil, com 55% dos votos, o nome de Battisti voltou à tona na Itália. Isso porque o político do PSL tinha prometido entregar Battisti à Justiça italiana assim que tomasse posse.
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Battisti é um ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e foi condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos cometidos na década de 1970. Foragido, o italiano conseguiu asilo para viver no Brasil graças a uma decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A extradição de Battisti já foi aprovada, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) aguarda uma decisão que determinará se um sucessor na Presidência pode revogar uma decisão tomada por um ex-chefe de Estado. Ontem, no entanto, Battisti disse em entrevista à imprensa italiana que não teme a extradição e que "Bolsonaro só fala". "Bolsonaro pode dizer o que quiser. Estou protegido pelo Supremo Tribunal. O que ele diz são só palavras, fanfarrices. Ele não pode fazer nada. Existe a Justiça e estou protegido pela Justiça. Ele não tem nada a ver com isso", afirmou. "Não acredito que Bolsonaro tenha interesse em criar discórdia entre os Poderes Judiciário e Executivo". (ANSA)
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