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Queda deixa futuro de Renato aberto; Grêmio espera resposta em dezembro


A queda na Libertadores diante do River Plate, mesmo que o Grêmio ainda busque nos tribunais reversão dos pontos, reabre um assunto importante na Arena: o futuro de Renato Gaúcho.

Com apenas mais 60 dias de contrato, o treinador já deu sinais de que iria permanecer e depois recuou. Agora, a situação é vista como indefinida e só deve ser capítulo final após a última rodada do Brasileiro, em dezembro.

Aos 56 anos, Renato está no Grêmio desde setembro de 2016 e renovou em duas oportunidades. Em ambas, a conversa foi rápida e teve objetivo concreto para gerar acerto. Agora, depois de quatro títulos conquistados, existe divisão interna sobre qual será a postura do treinador sobre oferta para permanecer em Porto Alegre.

No final de 2016, Renato ficou para executar plano que priorizou a Libertadores. Depois de ganhar o título da América e jogar o Mundial de Clubes, o treinador renovou de novo para esticar um ciclo que rendeu Campeonato Gaúcho e Recopa Sul-Americana. Havia, nas contas, ao menos mais uma taça na temporada. Copa do Brasil, Libertadores ou Brasileirão. Não foi possível.

"Minha cabeça estava voltada para Libertadores. Campeonato Brasileiro. Eu sempre cumpro meu contrato Nem tinha cabeça para pensar em contrato. De vez em quando eu brinco com o presidente, ele brinca comigo. Mas estávamos tentando fazer a final da Libertadores de novo", se esquivou Renato, ao ser questionado sobre futuro após a derrota de 2 a 1 para o River Plate na terça (30).

Recentemente, treinador e direção falaram superficialmente sobre uma renovação. À época, Renato Gaúcho deu sinais de que estava inclinado a ficar. Para a maioria esmagadora dos dirigentes com poder de decisão no Grêmio, a ampliação de contrato é o melhor caminho.

"Nós temos uma manifestação de intenções bem claras de permanência, independentemente dos resultados. O resultado [eliminação na Libertadores] foi episódico. Disputamos tudo esse ano, ser campeão é circunstância. Há desejo de permanência por parte do Grêmio e creio que dele também", afirmou Romildo Bolzan Júnior, presidente do Grêmio.

Aos olhos do Grêmio, Renato tem em Porto Alegre um cenário que não se repetirá em nenhum outro clube. Ídolo como jogador e treinador, tem salvo-conduto perante os torcedores e controle total do dia a dia gremista. O salário foi aumentado por duas vezes e financeiramente não é visto como obstáculo em caso de assédio do mercado.

O Flamengo, por duas vezes, sondou o treinador e não teve êxito. A mais recente foi na reta final dos estaduais, quando a oferta foi considerada tentadora e acabou rechaçada justamente pelo ambiente vivido na Arena.

Apesar de toda a identificação e títulos recentes, existe uma ala mais cética dentro do Grêmio. O grupo se baseia no fato de Renato ter trabalhado em conquistas expressivas do clube, como o fim do jejum de 15 anos sem taças e a reconquista da Libertadores. O fato de a residência fixa do treinador ser no Rio de Janeiro também é levado em conta.

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