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Para federação, encenação de morte de jornalista é 'inadmissível'


A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) qualificou nesta quinta-feira (31) de "intolerável" e "inadmissível" a encenação da morte do jornalista dissidente russo Arkadi Babtchenko.

Autoridades ucranianas disseram na terça-feira (29) que Babtchenko, 41, havia sido morto a tiros em seu apartamento. Mas o jornalista, crítico do governo do presidente russo, Vladimir Putin, apareceu vivo durante coletiva de imprensa sobre seu "assassinato" na quarta-feira (30).

"Arkadi Babtchenko está vivo e pode continuar seu trabalho como um jornalista crítico: a notícia é excelente", afirmou Philippe Leruth, presidente da FIJ, em nota.

"Mas ao espalhar falsamente a notícia de seu assassinato, as autoridades ucranianas prejudicaram gravemente a credibilidade da informação e seu estilo de comunicação corre o risco de ser visto como uma operação de propaganda", acrescentou.

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Não foi a única crítica feita ao caso. A ONG Repórteres Sem Fronteiras, por exemplo, qualificou de "patético e lamentável" que as autoridades ucranianas tenham brincado com a verdade. Mark Urban, um dos principais editores da BBC, falou em "envenenamento da fonte da verdade".

Nesta quinta, o jornalista rejeitou as críticas. "Desejo a todos os defensores da grande moral que se coloquem nessa situação, respeitando a moral, mas morrendo ao não enganar a imprensa", disse em sua página no Facebook.

Anton Gueratchenko, conselheiro do ministro do Interior ucraniano, disse que a encenação era necessária "para remontar e documentar toda a cadeia, desde o assassino contrato até quem o contrato", ao lhes persuadir de que "o contrato havia sido cumprido".

"Sherlock Holmes usou com êxito o método da encenação de sua própria morte para elucidar de maneira eficaz crimes complicados", acrescentou.

O presidente ucraniano, Petro Proschenko, se reuniu à noite com Babtchenko e agradeceu "ter impedido, com os serviços de segurança ucranianos", um cenário "com o objetivo de desestabilizar a situação na Ucrânia". Com informações da Folhapress.

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