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Demógrafo prevê que número de nascimentos na China continue a cair


O número de nascimentos registrados na China vai continuar a cair em 2018, o terceiro ano desde que Pequim aboliu a política de filho único, destacou um demógrafo chinês citado hoje pela imprensa estatal. Zhai Zhenwu, presidente da organização de estudos demográficos da Associação para a População da China, afirmou que "sem qualquer dúvida, o número de bebês nascidos vai continuar a cair este ano, e nos seguintes".

Segundo dados oficiais, o número total de nascimentos no país fixou-se em 17,23 milhões, em 2017, menos 630.000 do que no ano anterior.

Zhai explica que a queda se deve sobretudo à redução no número de mulheres em idade fértil, um grupo que perde entre cinco e seis milhões de pessoas por ano.

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"Mesmo que a taxa de natalidade se mantenha, o número total de bebês nascidos vai continuar a cair", afirmou o também professor na Universidade Renmin, citado pelo jornal oficial China Daily.

Zhai refere ainda que as mulheres que queriam ter um segundo filho engravidaram logo após a abolição da política "um casal, um filho", em 2016, pelo que o aumento dos nascimentos nesse ano terminou logo a seguir, levando a uma queda homóloga significativa em 2017.

O especialista reconhece, porém, que a medida teve um efeito positivo: "sem a política do segundo filho, o número de nascimentos registraria uma queda ainda mais drástica".

O professor considera que o Governo chinês deve criar um "ambiente mais propício" para os casais terem um segundo filho, inclusive a abertura de mais jardins de infância.

"No entanto, devemos ter em conta que as diversas medidas adotadas para fomentar o número de nascimentos não travarão a queda, como já mostraram as experiências em outros países, como o Japão e a Coreia do Sul", afirmou.

A China, nação mais populosa do mundo com cerca de 1,4 bilhão de habitantes, aboliu a 1 de janeiro de 2016 a política de "um casal, um filho", pondo fim a um rígido controlo da natalidade que durava desde 1980.

Pelas contas do Governo, sem aquela política, a China teria hoje quase 1,7 milhões. Com informações da Lusa. 

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