Espanha inicia sessão que pode destituir Rajoy do governo do país
A Câmara dos Deputados da Espanha iniciou na manhã desta sexta-feira (1º) a sessão em que votará a moção de censura contra o governo de Mariano Rajoy. Se aprovada, o líder do país terá de deixar o cargo.
A imprensa local acredita na derrota de Rajoy, que está envolvido em escândalos de corrupção, e aposta na eleição de Pedro Sánchez (PSOE) como o novo chefe do governo espanhol. O político tem o apoio de 180 deputados de um total de 350, quatro a mais que os 176 necessários para destituir Rajoy com maioria absoluta.
A moção de censura foi apresentada por Sánchez, que é o líder socialista e deve suceder o atual primeiro-ministro.
Rajoy tem 63 anos e já ocupou vários cargos na política espanhola, participando de uma série de eventos e decisões importantes, como o movimento separatista catalão.
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Antes da votação, o líder do PP e ainda primeiro-ministro espanhol pediu a palavra para um discurso já de despedida: "Foi uma honra deixar a Espanha melhor do que a encontrei", afirmou, segundo o El Pais. "Perante o que todos sabemos podemos presumir que a moção de censura será aprovada. Consequentemente, Pedro Sánchez será presidente do Governo e eu quero ser o primeiro a felicitá-lo", completou.
Rajoy concluiu dizendo que aceitará o resultado da votação "como um democrata" e agradeceu ao seu partido e à Espanha.
Caso a moção seja aprovada, a presidente do Congresso, Ana Pastor, comunicará o resultado ao rei Felipe VI e, de acordo com a Constituição, o governo atual deverá apresentar a sua renúncia ao monarca. Feito isto, o rei poderá indicar Sánchez como presidente. A posse perante Felipe VI pode acontecer já neste sábado (2).
Se as previsões da imprensa espanhola se cumprirem, esta será a primeira vez que uma moção de censura prospera no Parlamento espanhol desde que foi restaurada a democracia no país, em 1977.
A queda do atual presidente é atribuída ao envolvimento dele em escândalos de corrupção. Uma série de empresas subornaram autoridades do Partido Popular, de Rajoy, para obter contratos públicos entre 1999 e 2005.
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