Médico pediu ajuda para colega infectado. Recebeu 15 mil mensagens
Um médico espanhol tentava animar um colega de 79 anos de idade que estava diagnosticado com coronavírus e que testou positivo cinco vezes, permanecendo com sintomas durante 46 dias, mas não estava fácil.
Assim sendo, Carlos Hernández Teixidó [à esquerda na imagem], de Badajoz, recorreu ao Twitter para encontrar o estímulo que Pedro [nome do médico, ao centro na imagem] precisava.
"Ele está desolado e prestes a desistir", escreveu Carlos. "Se me deixarem aqui mensagens enviando força vou mostrar pra ele, dizendo de onde vocês são. Twitter, faz a tua magia", pediu.
O pedido foi feito no dia 28 de abril, e as respostas não demoraram. Recebeu mais de 8.700 respostas só à publicação, outras tantas mensagens diretas e a publicação ainda foi partilhada mais 8.400 vezes.
Tengo un paciente de 79 años que ha dado su 5ª PCR positiva por COVID después de 46 días con síntomas. Está desolado y con ganas de tirar la toalla.Si me dejáis mensajes por aquí presentadoos, diciendo de dónde sois y mandado ánimos se los paso.Twitter haz tu magia...
— Carlos Hdez Teixidó (@carlos_teixi) April 28, 2020
"Acabo de falar com o Pedro e com a sua filha", disse Hernández, umas horas mais tarde, através da rede social. "Não imaginam a choradeira em que nos metemos. Dei às filhas as primeiras 300 mensagens impressas. As restantes serão lidas pela neta diretamente do Twitter. VOCÊS SÃO INCRÍVEIS", escreveu.
Bueno acabo de hablar con Pedro y con su hija. No sabéis la llorera que nos hemos pegado los dos... Le he dado a su hija los primeros 300 mensajes impresos. El resto se los irá leyendo su nieta directamente desde twitter. Hola Pedro sigue siendo #TTSOIS INCREÍBLES!!
— Carlos Hdez Teixidó (@carlos_teixi) April 29, 2020
Em entrevista à CNN Espanhola, Carlos explicou que recebeu mais de 15 mil mensagens. "Não só mensagens, houve pessoas que enviaram fotografias, vídeos, alguns até tocaram música para o animar", disse, acrescentando que as mensagens não eram só de Espanha, mas também de Portugal e de outros lugares da Europa e até da América Latina.
Segundo o médico, o colega tem várias doenças subjacentes e esteve no hospital cerca de um mês depois do diagnóstico positivo. A sua condição melhorou, mas os testes à doença continuavam dando positivo e teve que permanecer em isolamento no domicílio, sem ver a esposa nem o restante da família.
"Hoje falei com ele um pouco e está de bom humor", disse Hernández, explicando que, para as pessoas na situação do colega, este tipo de apoio "é quase como dar um tratamento com medicação".
Fonte: Noticias ao Minuto
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