Moradora de Brumadinho conta mais de 40 amigos mortos
"Menos de 40 é que não foram", disse Selma, irmã de um sobrevivente da tragédia em Brumadinho (MG), sobre o número de amigos enterrados. Segundo o G1, desde sexta-feira (25), a rotina dela é visitar os vizinhos que sepultaram seus parentes ou que ainda aguardam por notícias.
“Toda hora é esse barulho de helicóptero. De cores e modelos diferentes, mas o mesmo cheiro de morte”, contou ela.
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O irmão dela, um eletricista de 58 anos, funcionário da Vale, não costumava almoçar no refeitório da empresa. “Ele sempre ia mais tarde porque o trabalho dele não tinha lugar certo. Ele chegou em casa às 23h30. A lama passou à margem do carro dele. Uma loucura”.
“Cada dia é uma realidade diferente. Mas desde sexta-feira a gente não acorda desse pesadelo”, disse Selma.
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