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População da Macedônia boicota plebiscito sobre novo nome


A Ex-República Iugoslava da Macedônia (Fyrom, no acrônimo em inglês) não deve mudar de nome: a maior parte dos eleitores boicotou o plebiscito para fazer o país balcânico passar a se chamar "República da Macedônia do Norte", o que abriria caminho para sua adesão à União Europeia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Os últimos dados da afluência mostram que, até 18h30, meia hora antes do fechamento das urnas, apenas 34,09% dos eleitores haviam comparecido, sendo que, para validar a consulta popular, era necessário um quorum de pelo menos 50%.

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Entre os que participaram, a vitória do "sim" foi esmagadora: com 50% das urnas apuradas, o placar é de 90,8% a 6,18% dos votos totais, incluindo os invalidados. "Foi um dia de democracia. Os cidadãos votaram livre e pacificamente, segundo as próprias convicções", declarou o primeiro-ministro social-democrata Zoran Zaev, que não descarta a possibilidade de eleições antecipadas.

Ele era defensor da mudança de nome, ao contrário da oposição conservadora e do presidente nacionalista Gjorge Ivanov. Como o plebiscito era consultivo e não vinculante, o governo poderá seguir com a tramitação do acordo com a Grécia no Parlamento, mas sua aprovação dependerá de maioria qualificada de dois terços.

"Os cidadãos, tanto os que votaram 'não' quanto os que boicotaram o plebiscito, demonstraram claramente que a Macedônia é contra esse acordo", afirmou o líder da oposição, Hristijan Mickoski, que, apesar disso, defende a adesão à UE e à OTAN.

O caminho para Bruxelas, no entanto, deve seguir bloqueado pela Grécia, que reivindica exclusividade sobre o termo "Macedônia" - o nome batiza a porção mais setentrional do território grego.

Além de alegar que o termo pertence exclusivamente ao patrimônio cultural e histórico helênico, a Grécia teme possíveis pretensões territoriais por parte de seus vizinhos setentrionais.

O nome "República da Macedônia do Norte" é fruto de um acordo assinado no mês de junho entre Skopje e Atenas. Independente desde 1991, a Macedônia só foi admitida na ONU sob o acrônimo "Fyrom". (ANSA)

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