Economia perdeu ritmo de crescimento, diz IBGE

O IBGE revisou para baixo os dados do crescimento do paĆs, mostrando um PIB (Produto Interno Bruto) mais fraco do que o que se acreditava com os dados disponĆveis atĆ© entĆ£o.
No primeiro trimestre do ano, em vez de um crescimento 0,4%, o PIB do perĆodo oscilou apenas 0,1% em relação ao quarto trimestre do ano passado.Nos Ćŗltimos trĆŖs meses de 2017, em vez de uma expansĆ£o 0,2%, o PIB ficou no zero a zero.
As revisões mostram que, após um número mais positivo no terceiro trimestre de 2017, o PIB estagnou desde então e segue em ritmo bastante lento.
No segundo trimestre deste ano, o IBGE mostrou que a economia cresceu 0,2%. Embora o nĆŗmero seja mais elevado do que o do primeiro, os estatĆsticos do instituto oficial afirmam que o cenĆ”rio Ć© "basicamente de estabilidade".
Ć um resultado ruim, dado que a economia mergulhou quase 8% na recessĆ£o e o esperado era que saĆsse mais rĆ”pido da crise. Mas as incertezas econĆ“micas e polĆticas estĆ£o minando a confianƧa e, com isso, o crescimento.
Nesta cesta de adversidades, estĆ£o a paralisação dos caminhoneiros e o repique inflacionĆ”rio provocado pela paralisação, alĆ©m da volatilidade cambial provocada tanto pela inseguranƧa com a sustentabilidade fiscal do paĆs e do cenĆ”rio eleitoral.
Olhando os nĆŗmeros do PIB sob a perspectiva do ciclo econĆ“mico (taxas acumuladas em quatro trimestres), a atividade segue subindo desde o ponto mais baixo, no segundo trimestre de 2016. Mas o ritmo se moderou no inĆcio deste ano. No segundo trimestre, a velocidade ficou ainda menor.
"Ficou mais lento", disse Rebeca de Palis, coordenadora de contas nacionais do IBGE. "A economia perdeu ritmo de crescimento no segundo trimestre."
Rebeca explicou que a revisão dos números do PIB foi mais forte neste trimestre exatamente em razão do baque provocado pela paralisação dos caminhoneiros.
"Quando hÔ um evento que quebra a tendência, como a greve, hÔ uma revisão maior. Realmente a revisão foi maior neste trimestre porque o modelo do trimestre passado não tinha como prever a greve dos caminhoneiros", disse a técnica. Com informações da Folhapress.
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